terça-feira, 13 de agosto de 2013

Perda auditiva é comum na terceira idade, mas não deve ser fator de isolamento social

1/10/2010
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que 70% dos idosos no Brasil têm algum tipo de perda auditiva. Não fosse a falta de informação um agravante do quadro, o descaso com a população idosa também ajuda a piorar a situação. Muitos não procuram tratamento porque se consideram velhos demais para se preocupar com a perda auditiva já que lhes resta pouco tempo de vida, ignorando quase que por completo a qualidade deste tempo. Assim, a depressão em virtude do isolamento social é quase que uma característica de quem sofre com o problema nessa idade, uma consequência que poderia ser evitada.

Quem explica melhor essa questão é a fonoaudióloga mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e porta-voz da Audibel - empresa de aparelhos auditivos -, Sandra Braga. Segundo ela, o sistema auditivo sofre envelhecimento ao longo dos anos, desta forma, é comum que os idosos apresentem perda auditiva, mas é possível contornar o problema e ter uma vida saudável e feliz.

Segundo Sandra, o grande problema é que a falta de informação gera muito preconceito. Isso faz com que a maioria das pessoas com dificuldades auditivas demore, em média, seis anos para procurar ajuda, comprometendo ainda mais o quadro. O diagnóstico precoce, no entanto, ajuda a identificar o problema impedindo a piora progressiva da audição e evitando suas consequências.

“O idoso precisa de maior atenção no que diz respeito às informações que são dadas, de forma que ele consiga entender o grau de importância do uso de uma prótese auditiva e o que o uso desta irá proporcionar, já que existe uma tendência à rejeição do aparelho auditivo”, explica. Nesse aspecto, apoio da família e dos amigos se torna fundamental. “Está cada vez mais fácil se adaptar ao uso do aparelho auditivo. É como usar óculos: corrigir um problema reconquistando a alegria de viver,” ensina a fonoaudióloga.

Existem alguns problemas auditivos característicos da terceira idade como a Presbiacusia (clique para saber mais ) que compromete a compreensão pela audibilidade de sons em geral, além de fazer com que estas pessoas também apresentem desconforto auditivo para sons de forte intensidade. O zumbido (clique para saber mais ), som que é percebido dentro da cabeça ou dos ouvidos, é outro problema que pode estar associado à deficiência auditiva.

Por todas essas questões Sandra reforça que quando se fala de saúde auditiva na terceira idade é importante frisar que a tristeza e o isolamento provocado pela restrição social comprometem a qualidade de vida. “É importante termos consciência de que se um idoso está com dificuldades para escutar, isto não quer dizer que ele é desatento ou que não está interessado no assunto, mas sim, que ele pode ter um problema auditivo que está afetando sua comunicação com o meio social e necessita cuidados para reverter o quadro”, diz.

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