sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Divulgação : VI CONFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL


http://conferenciaemeducacaoespeciadf.webnode.pt/inscricao2013/

CONTEÚDO PALESTRAS 09 A 13 DE 2013
  • 09/09/2013- 14H- Desenvolvimento neuropsicomotor da criança com síndrome de Down
  • 10/09/2013- 8H- Importância das Redes Sociais na Área dos Transtornos do Espectro Autista.
  • 10/09/2013- 14H- Avaliação Neurológica Cognitiva e Comportamental das Doenças Genéticas
  • 11/09/2013- 8H- Currículo Funcional Natural
  • 11/09/2013- 14H- Inclusão Escolar de Alunos com Autismo
  • 12/09/2013- 8H- Entendendo o TDAH
  • 12/09/2013- 14H- Entendento a CIF- Classificação Internacional de Funcionalidades
  • 13/09/2013- 8H- Síndrome de Down: aspectos clínicos práticos
  • 13/09/2013- 14H- Abordagem Fono- Visuo- Articulatório: Método das Boquinhas
 CONTEÚDO MINI- CURSOS 09 A 13 DE 2013
  • MINI- CURSOS A (Alfabetização Pelo Método das Boquinhas e Jogos )– MATUTINO (8 às 12, 2ª a 6a )
  • MINI- CURSOS B (PNL- Programação Neurolinguística Aplicada ao Ensino e à Aprendizagem )– VESPERTINO (14 às 17, 2ª a 6a )
  • MINI - CURSOS C  (Aprenda a Ler com o Corpo: do Método Multissensorial   Cinestésico ao Jogo)– MATUTINO E VESPERTINO (8  às 17, 2ª a 6a )
  • MINI - CURSOS D (PECS/ Intervenções Pedagógicas para Classes Especiais de Alunos com Transtorno Global do Desenvolvimento)– MATUTINO E VESPERTINO (8 às 17, 2ª a 6a )
  • MINI - CURSOS E  (SALA DE RECURSOS )– MATUTINO (8 às 12, 2ª a 6a )
  • MINI - CURSOS F  (SALA DE RECURSOS )– VESPERTINO (14 às 17, 2ª a 6a )
  • MINI - CURSOS G (Neuroaprendizagem na Educação Inclusiva)– MATUTINO (8 às 12, 2ª a 6a )
  • MINI- CURSOS H (disgrafia, dislalia, dislexia, diagnóstico, disortografia)– VESPERTINO (14 às 17, 2ª a 6a )
  •  MINI- CURSOS I (Oficina de Cubos Matemáticos para Alunos com Deficiência Intelectual)– VESPERTINO (14  às 17, 2ª a 6a )
CONTEÚDO OFICINAS 09 A 13 DE 2013
  • OFICINA (GRAFISMO INFANTIL, 09/09) – MATUTINO – 8H ÀS 12H
  • OFICINA (FORMAÇÃO NO CONCEITO NEUROEVOLUTIVO BOBATH, 10/09) – MATUTINO – 8H ÀS 12H
  • OFICINA (OFICINA DE CUBOS MATEMÁTICOS PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL, 10/09)– VESPERTINO- 14 ÀS 17H
  • OFICINA ( LITERATURA AFETIVA E INCLUSIVA, 11/09) – MATUTINO – 8H ÀS 12H
  • OFICINA (AFETIVIDADE E RESILIÊNCIA, 11/09) – VESPERTINO – 14H ÀS 17H
  • OFICINA (CRIATIVIDADE, 12/09) – MATUTINO – 8H ÀS 12H
  • OFICINA (OFICINA PARA CONTAR HISTÓRIAS, 12/09) – VESPERTINO – 14H ÀS 17H
  • OFICINA (ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE 1-  13/09), – MATUTINO – 8H ÀS 12H
  • OFICINA (ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE 2-  13/09), – VESPERTINO – 14H ÀS 17H
  • OFICINA ( OFICINA PEDAGÓGICA, 11/09) – MATUTINO – 8H ÀS 12H

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Cuidados especiais para quem utiliza a voz profissionalmente



http://www.fonoaudiologia.com/trabalhos/estudantes/estudante-005.htm

Os profissionais da voz são todos os indivíduos que tem como seu instrumento de trabalho a VOZ, ou seja, dependem da voz para exercer a sua profissão.
Os chamados profissionais da voz são: Cantores, Atores, Professores, Pastores e Padres, Advogados, Juízes, Promotores, Repórteres, Radialistas, Operadores de telemarketing, Leiloeiros, Políticos, Dubladores, Vendedores, etc.
A voz é algo tão característico e importante como a nossa própria fisionomia e impressão digital ela varia de acordo com o sexo, idade, profissão, personalidade, estado emocional e a intenção que a usamos. É através da nossa voz que expressamos nossos sentimentos, emoções, idéias e pensamentos. Ela também mostra quem nós somos, além de conseguimos nos comunicar com outras pessoas só utilizando a voz, como por exemplo em uma conversa ao telefone, e seremos compreendidos perfeitamente.
A voz é produzida a partir do ar que saí dos pulmões, passa pela laringe, onde estão localizadas as pregas vocais, as mesmas no momento da expiração, aproxima-se e vibram, produzindo assim o som. Este som, que de início é baixo e fraco, será amplificado pelas cavidades de ressonância (que são a faringe, boca e nariz). Após amplificado, o som será articulado na cavidade oral , por meio dos lábios, bochechas, língua, palato e mandíbula.
Todos precisam ter cuidados com a voz, mas para quem utiliza a voz profissionalmente, é preciso ter alguns cuidados vocais essenciais, com isso é possível manter a integridade vocal. Vejamos alguns destes cuidados :
  • DEVE-SE BEBER, EM MÉDIA DOIS (2) LITROS DE ÁGUA POR DIA, de preferência em temperatura ambiente.
  • DURANTE A ATIVIDADE VOCAL, DEVE-SE BEBER ALGUNS GOLES DE ÁGUA, para umidificar a garganta. A água deve estar em temperatura ambiente, para que não ocorra o choque térmico.
  • EVITAR QUALQUER TIPO DE COMPETIÇÃO SONORA.
  • EVITAR BEBIDAS ALCOOLICAS, pois o álcool tem um efeito anestésico, assim provoca a diminuição da sensibilidade, é onde na maioria das vezes ocorre um abuso vocal, lesando as pregas vocais.
  • EVITAR GRITAR E TOSSIR, pois provoca um intenso atrito nas pregas vocais, podendo lesioná-las
  • NÃO FUMAR, a fumaça irrita a mucosa da laringe, acumulando secreções nas pregas vocais, e o ressecamento da mesma mucosa.

  • EVITAR O AR CONDICIONADO, pois provoca o ressecamento das mucosas, alterando a vibração das pregas vocais. Se não for possível evitar o ar condicionado, procure sempre beber água, durante todo o tempo que estiver exposto a ele.
  • EVITAR O CONSUMO DE LEITE, CHOCOLATE E SEUS DERIVADOS ANTES A INTENSA ATIVIDADE VOCAL, pois esses alimentos aumentam a secreção de muco no trato vocal.
  • PROCURE CONSUMIR ALIMENTOS FIBROSOS, como maçã, que é um adstringente, ou seja, agem limpando a boca e faringe
  • PROCURE INGERIR SUCOS E FRUTAS CÍTRICAS
  • PROCURE ESTAR VESTIDO (A) O MAIS CONFORTÁVEL POSSÍVEL, para que o seu vestuário não atrapalhe o fluxo respiratório, nem mau postura.
  • DURANTE A FONAÇÃO, MANTENHA A CABEÇA RETA, UMA POSTURA ERETA COM OS DOIS PÉS APOIADOS NO CHÃO, pois assim permite a passagem do ar sem dificuldades e o diafragma trabalha melhor.
  • ARTICULAR BEM AS PALAVRAS, usando também expressões faciais para evitar o abuso vocal.
  • Se a disfonia (rouquidão) persistir por mais de 15 dias, procure um fonoaudiólogo
Alguns exercícios de relaxamento e aquecimento podem ser feito antes da atividade vocal como: Rotação da língua no vestíbulo da boca, Lateralidade da língua (empurrar a língua contra a bochecha), Vibrar a língua, Vibrar os lábios, Bocejar, Protusão dos lábios (fazer bico como se fosse dar um beijo), Retração dos lábios, Rodar o pescoço em todas as direções , entre tantos outros exercícios.
O que mais afeta aqueles que utilizam a voz profissionalmente é a disfonia, que é conhecida popularmente como rouquidão .
Disfonia é um distúrbio de comunicação, caracterizado pela dificuldade na emissão vocal, apresentando um impedimento na produção natural da voz. Pode ser ocasionado por uma disfunção, abuso vocal ou uso incorreto da voz, é mais freqüente em indivíduos que utilizam abundantemente a voz diariamente de uma forma incorreta.
A disfonia é divida em: Disfonias Funcionais, Disfonias Orgânico - Funcionais e Disfonias Orgânicas.

  • Disfonias Funcionais:
São aquelas que não apresentam nenhuma alteração visível nas pregas vocais, elas são decorrentes do mal uso ou do abuso da voz. Geralmente ocorrem em profissionais da voz que não tem nenhum tipo de orientação. Existem 3 fatores que podem vir a desencadear uma disfonia funcional:
  • Uso incorreto da voz :
Ocorre em pessoas, sejam profissionais da voz ou não, que utilizem a voz abundantemente durante todo dia, sem ter nenhuma noção de como usa – lá corretamente.
  • Inadaptações Vocais :
Não existe, no corpo humano, um aparelho que tenha por função específica a fonação, mas o que temos é uma adaptação de várias estruturas, formando assim o aparelho fonador. Quando não existe uma boa adaptação destas estruturas, ocorre o que chamamos de Inadaptações Vocais.
  • Alterações Psicoemocionais:
Nossas emoções influenciam e são responsáveis por mudanças na nossa voz. A voz, como já foi dito anteriormente, faz com que nos comuniquemos com outras pessoas; se temos alguma emoção muito forte (raiva, ansiedade, alegria), poderá repercutir em nossa voz, provocando uma disfonia funcional.
  • Disfonias Orgânico – Funcionais:
São, em geral, iniciadas com uma disfonia funcional que tem seu diagnóstico tardio, como a disfonia funcional não foi tratada, então ela evolui para uma lesão secundária nas pregas vocais.
  • Disfonias Orgânicos :
São aquelas que apresentam uma alteração anatômica nas pregas vocais.
Existem vários tipos de alterações anatômicas, veremos algumas:
  • Nódulos :
São tumores benignos nas pregas vocais, podem ter sua origem no mau uso da voz. O tratamento é feito através de fonoterapia e só em alguns casos tem que haver uma intervenção cirúrgica.
  • Pólipos:
São tumores benignos nas pregas vocais. O seu tratamento é cirúrgico, e seguido de fonoterapia.
  • Paralisia das pregas vocais:
Ocorre devido a uma lesão nervosa, podendo atingir uma prega vocal ou ambas. Isso pode acontecer por alterações cerebrais, ou alterações cardíacas, ou tumores. O tratamento é feito através de fonoterapia, e em alguns casos é necessário realizar cirurgia com o objetivo de melhorar o posicionamento das pregas vocais.
  • Câncer:
É um tumor maligno que localiza-se nas pregas vocais. Ocorre com maior freqüência em fumantes. O tratamento pode ser cirúrgico ou radioterápico.

Para maiores esclarecimentos sobre disfonia, ou caso a rouquidão permanecer mais de 15 dias, procure um fonoaudiólogo.
Indico este livro:
BEHLAU, Mara ; PONTES, Paulo. Avaliação e Tratamento das Disfonias. São Paulo:Lovise, 1995

domingo, 18 de agosto de 2013

Tecnologias Assistivas e a Audição do Idoso



Tecnologias Assistivas e a Audição do Idoso
por Doriane S. Gonçalves (Junho de 2013)


Introdução

De acordo Bersch (2013) Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida Independente e Inclusão.

Hoje dentre numerosos recursos de tecnologias assistivas, estão as próteses auditivas, que são dispositivos tecnológicos de amplificação sonora, utilizados quando existe uma diminuição leve ou até acentuada de perda auditiva. Estes dispositivos chamados de AASI (Aparelhos de Amplificação Sonora Individual) são solicitados após exames específicos de avaliação médica – por um otorrinolaringologista e posteriormente se necessária a indicação, seleção e adaptação do aparelho que é realizada por um fonoaudiólogo.

Com o advento das alterações fisiológicas e funcionais próprias do envelhecimento, surge uma diminuição na sensibilidade auditiva. A este fenômeno natural de todos os organismos humanos dá-se o nome de Presbiacusia.  De múltiplos fatores esta alteração auditiva poderá ocorrer mais cedo ou mais tarde obedecendo a fatores genéticos e/ou comportamentais e ambientais ao longo da vida, tais como: tempo de exposição a ruídos, produtos químicos, uso de medicamentos ototóxicos, tabagismo, entre outros. 


Segundo Ching (2009) até o momento, existem poucos estudos epidemiológicos que mostrem a preva­lência da presbiacusia, no Brasil. Por este motivo é imprecisa a informação quanto à aceitabilidade e aderência a um programa de reabilitação auditiva dos idosos, quanto ao uso efetivo das próteses auditivas. Russo (2009) relata sobre estudos que comprovam que a perda auditiva na população idosa ocorre de 5 a 20% nos indivíduos com 60 anos de idade; essa incidência aumenta para 60% nos indivíduos a partir dos 65 anos.



A comunicação do idoso com presbiacusia fica comprometida quando não são tomadas medidas preventivas ou ofertados cuidados no restabelecimento da audição com o uso de próteses auditivas. É comum o relato de idosos que dizem não entender o que está sendo dito. Pois é justamente nas frequências da fala humana que se dá o primeiro sintoma sobre a diminuição auditiva. O que pode levar ao acometimento de diversas patologias secundárias do isolamento social sobrevinda da dificuldade comunicativa. Como por exemplo, a depressão, a hipertensão, distúrbios metabólicos, entre outros.

De acordo com Carvalho (2007) em função do impacto da deficiência auditiva sobre a vida psicossocial dos idosos, a possibilidade de usar aparelhos de amplificação sonora, minimizando sua perda auditiva e facilitando sua comunicação, pode ser motivadora e significativa para a melhoria da sua qualidade de vida.



Mattos (2007) nos faz refletir que a indicação, adaptação e uso do aparelho de amplificação auditiva individual precocemente, ou seja, imediatamente após o diagnóstico de uma perda auditiva de grau leve e/ou moderado, poderá contribuir para a prevenção do aumento do grau de perda auditiva e de outras alterações relacionadas às questões psicossociais do indivíduo com perda auditiva.




Considerações Finais



As perspectivas frente à temática de novas tecnologias muitas vezes não acompanham o desenvolvimento sócio-econômico da população. Visto que a carência financeira torna-se um obstáculo pela procura de elementos de tecnologias assitivas. Objetos necessários na qualidade de vida, como óculos, próteses dentárias e auditivas. Tornam-se muitas vezes elementos secundários perto da necessidade de medicações e cuidados mais imediatos em se tratando da população mais carente.

O ministério da saúde através da Portaria nº 432 de 14 de novembro de 2000, dispõe sobre os principais produtos e serviços que estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde(SUS). Nossa reflexão permanece sobre a dificuldade burocrática referente a estes recursos e ainda sobre a falta de informação aos idosos de nossa sociedade sobre estes produtos e serviços ofertados pela saúde pública.

Entretanto é necessário informar que existem programas do ministério da saúde que incentivam o uso, bem como os cuidados com a saúde auditiva. Mesmo sendo programas de pouca repercussão na mídia, se faz necessário à busca e uso de tais programas para que não sejam negligenciados os direitos a saúde e o de bem ouvir dos idosos acometidos pela presbiacusia.


Bibliografia



SOUSA, Cláudia Simônica de et al . Estudo de fatores de risco para presbiacusia em indivíduos de classe sócio-econômica média. Braz. j. otorhinolaryngol. (Impr.),  São Paulo,  v. 75,  n. 4, Aug.  2009 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-86942009000400011&lng=en&nrm=iso>. access on  13  Apr.  2013.  http://dx.doi.org/10.1590/S1808-86942009000400011.




LAPERUTA, Erika Biscaro; FIORINI, Ana Claudia. Satisfação de idosos com os aparelhos de amplificação sonora individual nos primeiros seis meses de uso. J. Soc. Bras. Fonoaudiol.,  São Paulo,  v. 24,  n. 4,   2012 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-64912012000400005&lng=en&nrm=iso>. access on  13  Apr.  2013.  http://dx.doi.org/10.1590/S2179-64912012000400005.




VERAS, Renato Peixoto; MATTOS, Leila Couto. Audiologia do envelhecimento: revisão da literatura e perspectivas atuais. Rev. Bras. Otorrinolaringol.,  São Paulo,  v. 73,  n. 1, Feb.  2007.   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992007000100021&lng=en&nrm=iso>. access on  13  Apr.  2013.  http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992007000100021.




SOUSA, Maria da Glória Canto de; RUSSO, Iêda Chaves Pacheco. Audição e percepção da perda auditiva em idosos. Rev. soc. bras. fonoaudiol.,  São Paulo,  v. 14,  n. 2,   2009 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-80342009000200016&lng=en&nrm=iso>. access on  13  Apr.  2013.  http://dx.doi.org/10.1590/S1516-80342009000200016.



Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/PORT2000/PT-432.htm Acesso em : 06/04/2013.



SartorettoMara Lúcia e BerschRita. Disponível em: http://www.assistiva.com.br/tassistiva.html Acesso em: 06/04/2013.

GAGUEIRA



http://drauziovarella.com.br/letras/g/gagueira/
DISTÚRBIOS DA LINGUAGEM

Gagueira é uma perturbação da fala, de origem psicomotora, que se caracteriza por repetição de sons e sílabas ou paradas involuntárias, ou seja, por interrupção da fala por inseguranças, excitações e bloqueios em todas as situações de comunicação, inclusive na leitura. Gaguejar diante do chefe, ao apresentar uma desculpa pelo atraso é muito diferente de fazê-lo na rotina do dia-a-dia, ler um texto em voz alta ou pedir pão na padaria.
Causas
A gagueira é um distúrbio multifatorial. Pode ter origem genética, orgânica, psicológica e/ou social.
Sintomas
* Repetição ou prolongamento de sons e sílabas;
* Bloqueio de sons;
* Uso de interjeições para fazer a conexão entre as palavras;
* Simplificação de frases;
* Movimentos corporais para ajudar a liberar os sons ou silabas bloqueados.
Tratamento
Os tratamentos fonoaudiológicos procuram enfocar a aprendizagem motora de técnicas a serem usadas durante a fala; os tratamentos psicológicos tendem a enfocar os aspectos emocionais que interferem na fala da pessoa que gagueja. Eles são considerados tratamentos complementares e sua eficácia depende da base teórica que os fundamenta, do profissional que os aplica e também da pessoa que gagueja.
Recomendações
* Não se acanhe nem deixe de expressar o que pensa ou o que sente se você gagueja;
* Procure valer-se dos artifícios que ajudam a diminuir os sintomas da gagueira.
* Use interjeições, substitua as palavras que de antemão sabe que tem dificuldade para pronunciar por outra equivalente, construa frases menos elaboradas;
* Leve a sério o tratamento. Não deixe de comparecer às sessões de fonoaudiologia nem às que visam ao atendimento psicológico.

Disfagia em Alzheimer e Parkinson

Disfagia em Alzheimer e Parkinson Disfagia em Alzheimer e Parkinson
É comum ouvir falar em doenças que acometem a população idosa, como Alzheimer e Parkinson. Mas o que são essas doenças? Além do tremor no Parkinson e do déficit de memória no Alzheimer existem outros danos causados por essas doenças?
A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência, sendo responsável por 50 a 70% do total de casos. Trata – se de uma doença multifatorial, onde as características genéticas em associação com fatores ambientais (ainda não identificados), levando à perda progressiva de neurônios e às manifestações clínicas da doença. O caráter genético da doença de Alzheimer implica um aumento da probabilidade de desenvolver a doença, de um modo geral a partir dos 65 anos de idade. É importante lembrar que o fato de apresentar estas características genéticas não é sinônimo de desenvolvê-la, da mesma forma que, não apresentá-la não quer dizer que não possa haver desenvolvimento da Alzheimer.
Com o avançar da doença, as deficiências da memória ficam mais acentuadas. Além da desorientação temporal (hora, dia, ano), passa a aparecer também desorientação espacial (se perde no ambiente), de modo que sair sem acompanhante torna-se difícil. Já as alterações de linguagem são mais evidentes, comprometendo a convivência pessoal e social.
As alterações na deglutição também aparecem na fase moderada.  Não faz sentido para o paciente ingerir alimentos, uma vez que esse não os reconhecem. Com a progressão da doença, o paciente passa a ter dificuldades em utilizar os talheres e também para deglutir, manipulando o alimento na boca por muito tempo sem saber o que fazer e como engolí- lo.
Já a doença de Parkinson é uma doença neurológica crônica decorrente de uma degeneração dos neurônios. O parkisonismo caracteriza-se pela combinação de quatro sinais clínicos: tremor de repouso, rigidez muscular, bradicinesia (dificuldade em iniciar o movimento, acompanhado de uma redução na velocidade e na amplitude dos movimentos) e alterações dos reflexos de postura. A doença costuma ter inicio a partir do 50 anos de idade. No começo, a evolução é lenta e gradual.
O indivíduo pode apresentar comprometimento da comunicação oral, fraca intensidade vocal, alteração da velocidade da fala e articulação imprecisa, além disso, a perda de peso pode estar presente devido à dificuldade de alimentar-se com alimentos sólidos e líquidos, dando preferência aos pastosos. A dificuldade da deglutição é chamada de disfagia orofaríngea. Explicando melhor: é o conjunto de sinais e sintomas específicos que caracterizam-se por alterações em qualquer etapa da deglutição, podendo ser causada por doenças neurológicas ou trauma, alterações nas estruturas anatômicas responsáveis pela deglutição, envelhecimento e por uso de alguns medicamentos.
O paciente com disfagia pode apresentar “voz molhada”. Essa voz pode sugerir penetração laríngea de saliva, secreção e/ou alimentos. Na doença de Alzheimer nota-se:
  • dificuldades na iniciativa de mastigar e conduzir o bolo alimentar dentro da boca;
  • dependência na alimentação;
  • ausência de sinais involuntários durante a mastigação;
  • alteração na mobilidade da língua; alteração do reflexo de deglutição;
  • tosse antes ou após a deglutição.
  • Alguns pacientes levam de três a quatro minutos para iniciar uma simples deglutição.
Na Doença de Parkinson, o idoso apresenta:
  • rigidez, tremor e incoordenação durante a mastigação;
  • escape de saliva (pode babar);
  • fraca pressão labial;
  • fraca intensidade vocal (voz baixa) e incoordenção pneumofônica;
  • tosse antes, durante ou após a deglutição;
  • possível penetração e aspiração do alimento.
Pessoas que apresentam essas dificuldades de deglutição, devem procurar o médico e o fonoaudiólogo. O fonoaudiólogo realizará uma avaliação do quadro e com base nos achados desenvolverá estratégias, que possibilitarão uma melhor deglutição e melhor qualidade de vida ao indivíduo.
Carla Linhares Taxini. Discente do 4º ano de Fonoaudiologia – Unesp/Marília
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Distraído pelo Barulho? Desatenção e notas baixas na escola não são sinônimo de falta de inteligência. Às vezes o problema está na incapacidade de lidar com barulho, mas poucos médicos sabem disso.


http://super.abril.com.br/cotidiano/distraido-pelo-barulho-441352.shtml

por Fábio Peixoto : fpeixoto@abril.com.br 

Por mais que estudasse, a paulista Glaudys Garcia não tirava notas maiores que 4. A mãe e os professores se esforçavam para lhe ensinar coisas simples, mas ela não prestava atenção em nada. Era insegura, distraída, tinha medo de falar ao telefone e não se concentrava nos livros. Acabou se isolando dos colegas. Depois de passar por vários médicos e psicólogos, sua mãe tentou um último recurso: levou-a a uma fonoaudióloga. Em três meses Glaudys estava curada. Hoje ela tem 13 anos e no seu último boletim não há nenhuma nota menor do que 6.
Pode parecer estranho, mas o problema era de audição. A menina, assim como outras centenas de milhares de crianças, sofria de desordem do processamento auditivo central, ou DPAC, um distúrbio reconhecido há apenas quatro anos que raramente é diagnosticado pelos médicos, mas pode estar afetando milhões de brasileiros. Em geral, a disfunção surge da falta de estímulos sonoros durante a infância. As estruturas do cérebro que interpretam e hierarquizam os sons se desenvolvem nos treze primeiros anos. Até essa idade, as notas musicais, as palavras e os barulhos vão lentamente nos ensinando a lidar com a audição. Justamente nessa fase, Glaudys pode ter tido problemas no ouvido que atrapalharam a entrada de sons. Acabou formando mal o seu sistema auditivo. Todos os inconvenientes pelos quais passou eram conseqüência disso.
Um dos principais sintomas da DPAC é a dificuldade em manter a concentração num ambiente ruidoso. “Quem sofre desse mal não consegue prestar atenção em uma coisa só”, diz a neurologista Denise Menezes, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. “Na sala de aula, não separa o que a professora diz do latido de um cachorro do lado de fora”, acrescenta.
A DPAC é comum nas grandes cidades, onde o barulho excessivo prejudica a percepção de estímulos sonoros e a poluição provoca alergias que bloqueiam a orelha com muco. Crianças que têm inflamações freqüentes nos ouvidos também podem sofrer da desordem. O pior é que, por ser pouco conhecida, a DPAC costuma ser confundida com falta de inteligência ou com alguma deficiência mental. Mas, como mostra o caso de Glaudys, uma coisa não tem nada a ver com a outra.

O mundo é barulhento demais
Para uma vítima de DPAC, o mundo se transforma numa interminável confusão de barulhos desconexos e embaralhados de onde é quase impossível pescar os sons que realmente interessam (veja infográfico). O ar-condicionado vira um zunido infernal que se sobrepõe às vozes dos outros. O telefone torna-se uma máquina indecifrável, porque o cérebro não consegue decodificar a fala do interlocutor em meio à distorção normal de qualquer ligação. Também não é fácil entender a entonação das frases. Uma pergunta pode soar como uma afirmação e uma ironia acaba parecendo a frase mais séria do mundo. Os amigos acabam se afastando, já que ninguém gosta de conversar com alguém que não entende o que os outros dizem.
A fala também é prejudicada. “Os processos de linguagem se desenvolvem ao mesmo tempo que os de audição”, explica a fonoaudióloga Liliane Desgualdo, da Universidade Federal de São Paulo, pioneira no diagnóstico da DPAC no Brasil. “Uma criança pode não aprender a falar bem se não souber lidar com os sons.” A leitura acaba igualmente afetada. “Mesmo num lugar silencioso, uma pessoa com DPAC encontra problemas em entender um texto porque, para tanto, é necessário associar as palavras ao som que elas têm”, conta a psicopedagoga Ana Silvia Figueiral, de São Paulo. Todo esse esforço para realizar atividades corriqueiras é demais para o cérebro. Chega uma hora que ele não resiste e “desliga”. Por isso, as vítimas do problema são sempre muito distraídas.
Enfim, tudo se torna uma tarefa dura. O ouvido até percebe os sons, mas o cérebro, iludido pela falta de estímulos na infância, não sabe o que fazer com eles. Os médicos geralmente não percebem a disfunção porque ninguém desconfia que sintomas tão variados possam estar todos ligados à audição, menos ainda quando constatam em exames que o ouvido funciona normalmente. E, se o diagnóstico não é feito, não há como curar (veja quadro à direita).

Reaprendendo a escutar
A DPAC só foi reconhecida nos Estados Unidos em 1996, quando a Associação Americana de Fala, Linguagem e Audição chegou a um consenso sobre seus sintomas e suas formas de tratamento. Ainda se sabe pouco sobre as causas – a falta de estímulos sonoros está entre elas, mas suspeita-se também de razões genéticas e de má alimentação. “Uma coisa é certa: a desordem está relacionada à classe social”, afirma Liliane. Ela fez uma pesquisa em colégios de São Paulo e constatou que, nas escolas particulares, entre 15% e 20% das crianças têm DPAC em algum grau. Nas escolas públicas, onde há uma proporção bem maior de alunos pobres, o índice chega a alarmantes 70%. A razão disso é que crianças mais pobres geralmente ouvem menos música, têm mais inflamações no ouvido, menos acompanhamento de pediatras e psicólogos e se alimentam pior, o que também pode prejudicar a formação do sistema auditivo. Infelizmente, a imensa maioria delas carrega esse estorvo para a idade adulta sem ao menos desconfiar que a cura pode estar ao alcance da mão.

Para Saber Mais
Processamento Auditivo Central – Manual de Avaliação, Liliane Desgualdo Pereira e Eliane Schochat, Editora Lovise, São Paulo, 1997.

Audição: Cuide desse sentido. Escute esta: A ciência está vencendo a batalha contra a surdez. Mas por que as pessoas, cada vez mais jovens, não param de perder a audição?


http://saude.abril.com.br/edicoes/0282/medicina/conteudo_212732.shtml
por Anderson Moço | design Robson Quinafélix

De acordo com a Organização Mundial da Saúde 10% da população do globo tem algum grau de deficiência auditiva. Só no Brasil estima-se que existam mais de 15 milhões de pessoas nessa situação a maioria não dá ouvidos às suas dificuldades para captar toda a sonoridade do mundo e ignora que deixou de ouvir bem. Há ainda 350 mil brasileiros com surdez profunda que, sem a ajuda de aparelhos, vivem mergulhados no absoluto silêncio, de acordo com os últimos levantamentos do IBGEsegundo os quais, de todas as deficiências que atingem os sentidos, a auditiva é a que mais afeta nossa população.
Em todo o ruidoso planeta, o problema só tende a aumentar, como alerta a organização não governamentalHear the World, com sede em Londres. Nos próximos oito anos o número de indivíduos que não ouvem bem deverá duplicar. A culpa, em parte, é do aumento da expectativa de vida, com uma população mundial cada vez mais idosa. Mas só em parte: em princípio a audição é um sentido sem prazo de validade, que seria capaz de perceber o mais baixo zunido por muitos anos se não a castigássemos com tanto barulho.
E aí vem o outro lado da questão leia-se tocadores de MP3, festas rave, trios elétricos, baladas, a poluição sonora nas cidades, a rotina estrondosa que começa na juventude. Não é de estranhar que a comunidade científica esteja de orelhas em pé, captando qualquer sinal de esperança para resolver as questões auditivas. Para os casos graves a aposta é o desenvolvimento de terapias genéticas capazes de regenerar as responsáveis pela percepção dos sons as células ciliadas. Já se ouvem por aí resultados positivos.
Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, deram nova vida a essas estruturas em testes com mamíferos, ativando um gene conhecido como Atoh1. É mesmo para a gente gritar comemorando, uma vez que, danificadas, essas células morrem para todo o sempre. "Outra grande esperança é o uso das tão comentadas células-tronco, mas aí mora um desafio, o de criar tecnologia para transformá-las nas tais células ciliadas do corpo humano", diz o médico Arthur Castilho, presidente da Sociedade Paulista de Otorrinolaringologia.

Atendimento


Crianças  Jovens  Adultos e Idosos

Avaliação / Orientação / Encaminhamentos / Terapia 

Nas alterações de Fala / Voz / Linguagem

Atendimentos na dificuldades de Leitura e Escrita (Dislexia)
Alterações no Processamento Auditivo Central (DPAC)
Alterações Neurológicas
Assessoria em Fonoaudiologia Educacional e Cuidadores de Idosos

Ênfase em Comunicação Alternativa e Elementos da Musicoterapia

Atendimento com hora marcada (segunda à sexta)
Clínico e Domiciliar nas dificuldades de locomoção.




terça-feira, 13 de agosto de 2013

Perda auditiva é comum na terceira idade, mas não deve ser fator de isolamento social

1/10/2010
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que 70% dos idosos no Brasil têm algum tipo de perda auditiva. Não fosse a falta de informação um agravante do quadro, o descaso com a população idosa também ajuda a piorar a situação. Muitos não procuram tratamento porque se consideram velhos demais para se preocupar com a perda auditiva já que lhes resta pouco tempo de vida, ignorando quase que por completo a qualidade deste tempo. Assim, a depressão em virtude do isolamento social é quase que uma característica de quem sofre com o problema nessa idade, uma consequência que poderia ser evitada.

Quem explica melhor essa questão é a fonoaudióloga mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e porta-voz da Audibel - empresa de aparelhos auditivos -, Sandra Braga. Segundo ela, o sistema auditivo sofre envelhecimento ao longo dos anos, desta forma, é comum que os idosos apresentem perda auditiva, mas é possível contornar o problema e ter uma vida saudável e feliz.

Segundo Sandra, o grande problema é que a falta de informação gera muito preconceito. Isso faz com que a maioria das pessoas com dificuldades auditivas demore, em média, seis anos para procurar ajuda, comprometendo ainda mais o quadro. O diagnóstico precoce, no entanto, ajuda a identificar o problema impedindo a piora progressiva da audição e evitando suas consequências.

“O idoso precisa de maior atenção no que diz respeito às informações que são dadas, de forma que ele consiga entender o grau de importância do uso de uma prótese auditiva e o que o uso desta irá proporcionar, já que existe uma tendência à rejeição do aparelho auditivo”, explica. Nesse aspecto, apoio da família e dos amigos se torna fundamental. “Está cada vez mais fácil se adaptar ao uso do aparelho auditivo. É como usar óculos: corrigir um problema reconquistando a alegria de viver,” ensina a fonoaudióloga.

Existem alguns problemas auditivos característicos da terceira idade como a Presbiacusia (clique para saber mais ) que compromete a compreensão pela audibilidade de sons em geral, além de fazer com que estas pessoas também apresentem desconforto auditivo para sons de forte intensidade. O zumbido (clique para saber mais ), som que é percebido dentro da cabeça ou dos ouvidos, é outro problema que pode estar associado à deficiência auditiva.

Por todas essas questões Sandra reforça que quando se fala de saúde auditiva na terceira idade é importante frisar que a tristeza e o isolamento provocado pela restrição social comprometem a qualidade de vida. “É importante termos consciência de que se um idoso está com dificuldades para escutar, isto não quer dizer que ele é desatento ou que não está interessado no assunto, mas sim, que ele pode ter um problema auditivo que está afetando sua comunicação com o meio social e necessita cuidados para reverter o quadro”, diz.